segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A inovação pedagógica no ensino profissionalizante

Formação por competências e inovações educacionais. Este é um tema instigante. No Brasil não temos ainda nenhuma experiência de práticas pedagógicas inovadoras na formação por competências. Estamos iniciando um processo de construção de referências curriculares baseadas em competências. Mas esta é uma questão que já nos colocamos: como se dará na escola o processo de educação profissional para estas matrizes referenciais? Não deverá ser o mesmo que temos, com certeza. Deveremos testar possibilidades. Entretanto, temos contato com outros que também vêm pensando nisto. Muito recentemente encontramos referências a alguns trabalhos que trazem reflexões interessantes.

O que é necessário na educação profissionalizante

A educação profissional precisa ser sempre complementar à educação básica, de caráter geral. Grande parte dos perfis profissionais propostos pelo setor produtivo apresentam características muito vinculadas à formação geral do trabalhador, no sentido de que ele precisa ter uma forte base humanística, científica e tecnológica, e competências para tomada de decisão, para o trabalho em grupo e para a adequação às constantes mudanças que se processam no mundo do trabalho.O ensino médio integra a educação básica como oportunidade de significar experiências e conhecimentos novos e adquiridos anteriormente para aprender a aprender, a problematizar, a refletir sobre a realidade e a negociar significados com outros. Competências que são as mais necessárias para avançar com sucesso na vida cidadã e nos demais momentos da educação.

A educação tecnológica na formação de profissionais polivalentes

É necessário, para a escola profissionalizante que está em busca da formação profissional polivalente, implantar um programa de forma lenta, de interação gradual e contínua de conhecimentos gerais e tecnológicos, de habilidades teóricas e práticas, de hábitos e atitudes e de valores éticos, possibilitando ao educando a integração ativa e crítica no mundo produtivo. Cabe-nos, ainda, destacar que o trabalhador polivalente não se traduz naquele funcionário que resolve todos os problemas, o “trabalhador-faz-e-resolve-tudo". Podemos defini-lo como alguém, dentro da organização, que está bem preparado e possuindo condições de manipular as novas tecnologias e de forma a se adaptar constantemente as mudanças. Empregabilidade, sob esta ótica, pode significar um conjunto de conhecimentos, de habilidades, de comportamentos e de relações que possibilita ao profissional ser necessário para diferentes organizações. Esses aspectos, que se desenvolvem dentro do ato educativo, no micro-ensino do processo de ensino e aprendizagem, é que necessitam ser renovados e oxigenados diante da busca da formação do profissional polivalente. Através dessas ferramentas, dentro do contexto escolar, é que será possível desenvolver no educando a capacidade de abstração necessária à aprendizagem contínua dos princípios, atitudes, comportamentos, normas, conceitos, símbolos e relações, para sua integração, permanência e evolução no mercado de trabalho.

100 anos de educação profissionalizante no Brasil

A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica está fundamentada numa história de construção de 100 anos, cujas atividades iniciais eram instrumento de uma política voltado para as “classes desprovidas” e hoje se configura como uma importante estrutura para que todas as pessoas tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas. Esse é o elemento diferencial que está na gênese da constituição de uma identidade social particular para os agentes e instituições envolvidos neste contexto, cujo fenômeno é decorrente da história, do papel e das relações que a Educação Profissional e Tecnológica estabelece com a ciência e a tecnologia, o desenvolvimento regional e local e com o mundo do trabalho e dos desejos de transformação dos atores nela envolvidos.

Um século de constante evolução!!!

A qualificação profissional - uma preocupação antiga e sempre recorrente entre os trabalhadores

A história das práticas de educação profissional entre os trabalhadores organizados são indicativos, por um lado, da relevância que o "saber técnico" possui para os trabalhadores, tanto no plano individual, como coletivo; por outro, que as iniciativas de profissionalização emergem com mais intensidade nos períodos em que ocorrem transformações nas bases técnicas e organizacionais, nos sistemas de produção. Sendo assim, recorrentemente, a partir dos anos 90 os trabalhadores e suas organizações passam a ter que enfrentar os desafios provenientes das transformações técnicas e organizacionais decorrentes da globalização da economia capitalista e, conseqüentemente, as questões referentes à formação profissional.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

MEC visita Portugal com o Ensino Técnico Profissional na agenda

O Ministro da Educação e Cuiltura a convite da da Ministra da Educação de Portugal, visitou aquele país de 17 a 23 de Janeiro último. Para além de reforçar os laços de cooperação existentes, a visita tinha como pano de fundo a avaliação de outras oportunidades de cooperação, com maior destaque para o sector de educação técnico-profissional. Para além de encontros de carácter oficial, a visita contemplou visitas a diversas infra-estruturas escolares daquele país europeu.
Igualmente, o Ministro da Educação e Cultura manteve encontros oficial com os Secretários de Estado de Negócios Estrangeiros e da Cultura. Os estudantes moçambicanos em Portugal também tiveram a oportunidade de dialogar com o Ministro, num encontro em que foram afloradas questões relacionadas com a sua vida académica e a relação com as instituições afins.
Uma das grandes notas desta visita é que as autoridades portuguesas, nos mais diversos níveis, mostraram a prontidão em colaborar nas áreas que interessam ao país, facto demonstrado pelas acções concretas apresentadas pelas partes, nomeadamente a criação de equipas de trabalho para apresentação de um guião prático e imediato.

Ensino Técnico-Profissional introduz gestão ambiental

O Ensino Técnico-Profissional e Vocacional passa a contar, a partir deste ano lectivo, com uma actividade pedagógica complementar virada para a gestão ambiental, a título experimental, visando capacitar os seus alunos de ferramentas e informação para uma melhor protecção do ambiente.

Para o efeito, e segundo a AIM, foi lançado ontem na cidade de Maputo um manual de educação ambiental, no quadro do projecto trienal (2008/10) de capacitação institucional para a gestão ambiental nas escolas técnico-profissionais e vocacionais. O manual, parte do projecto orçado em 129 mil euros financiados pela Bélgica, aborda questões como água e saneamento, resíduos, erosão, energia e mudanças climáticas, biodiversidade, poluição industrial, poluição agrícola, ambiente e turismo, cheias e sismos, substâncias químicas, entre outros temas.

fonte: www.mzjobs.co.mz

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Brasil está atrasado no ensino técnico


O Brasil está atrasado no ensino técnico e tecnológico. É o que diz pesquisa feita pelo professor do Departamento de Matemática da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Renato Pedrosa. De acordo com o levantamento realizado pelo professor, nos últimos dez anos, menos de 1% dos estudantes formados no Brasil vêm de cursos técnicos ou tecnológicos. Só para se ter uma idéia, no Chile, esse número é de 22%. O país que mais se destaca na pesquisa é a Coréia do Sul, que entre os anos de 1972 e 2002, obteve crescimento de 1.800% nesse tipo de graduação, e tem 37% dos graduados no ensino superior, formados pelo ensino técnico.
Fonte: www.universia.com.br